quinta-feira, 17 de setembro de 2015

HÁ UM DEUS QUE REVELA!

O capítulo dois do livro de Daniel é, ao mesmo tempo, histórico e profético. É o segundo ano de reinado do rei Nabucodonosor. Ele teve um sonho e acordou tão perturbado ao ponto de não se lembrar de absolutamente nada do sonho, mas estava convicto de que se tratava de um sonho importante e não conseguiu dormir mais. Mandou chamar os magos, os encantadores, os feiticeiros e os caldeus. Todos se apresentaram ao rei, que estava muito angustiado e certamente oprimido.
O rei diz a eles que teve um sonho e está aflito para saber logo o seu significado. Mas não diz que não se lembra do sonho. Ele quer que seus assessores lhe digam o sonho e sua interpretação. A princípio eles não entendem o que o rei quer, e insistem com o rei para que conte o sonho. O rei, já irritado com a situação, acha que estão querendo ganhar tempo porque não sabem o sonho e ele entende que com o título que cada um tem é sua obrigação adivinhar o sonho. A tirania do homem ímpio, que tem poder nas mãos, faz com que ele transfira o seu problema para os outros e se ache no direito de matar e destruir aqueles que não satisfazem os seus desejos, ainda que seja uma missão praticamente impossível. Por outro lado, quer comprar soluções para o problema com presentes.
Os sábios do rei, com sua proverbial falta de humildade e sabedoria, declaram: “não há mortal sobre a terra que possa revelar o que o rei exige”, ou seja, se nós não podemos resolver o problema, ninguém pode, esquecendo um princípio básico deste assunto: se o sonho foi dado por Deus, só Deus pode revelar a outra pessoa e dar o discernimento. Estas palavras aumentaram ainda mais a ira do rei que mandou fazer um decreto condenando a morte todos os sábios da Babilônia, inclusive Daniel que não tinha nada com isto nem foi chamado à presença do rei.
O encarregado do rei de anunciar o decreto foi quem colocou Daniel a par do acontecido. Daniel foi ao rei e lhe pediu um pequeno prazo para lhe trazer a solução do problema. O rei atendeu Daniel, o qual voltando para casa convocou seus amigos para um tempo de oração diante de Deus. Então foi revelado o mistério numa visão dada a Daniel e também a interpretação. Daniel e seus amigos ficaram mais um tempo diante de Deus, louvando o seu glorioso Nome!
Deus deu o sonho ao rei; o inimigo interferiu roubando o sonho da mente do rei; os sábios convocados não deram conta do recado; Daniel, homem de Deus, quebra a opressão, trazendo, pela oração, tudo de volta para Deus. Daí por diante, é Deus revelando ao rei que Ele, Deus, é o Senhor da história e tem tudo em suas mãos. Depois da intercessão, da resposta e do louvor, AÇÃO! Daniel vai ao encontro do rei com a solução. Depois de ouvir Daniel o rei dá o seu testemunho: “Há um Deus que revela!”.
O sonho, apresentado aqui de maneira objetiva, diz respeito ao que há de ser nos últimos dias.
O rei viu uma grande estátua, de esplendor excelente, de pé e terrível à vista.
A cabeça era de ouro fino, o peito e os braços eram de prata, o ventre e as coxas de cobre, as pernas de ferro e os pés em parte de ferro e em parte de barro.
Uma pedra, cortada, não por mão, que feriu a estátua nos pés e os esmiuçou, esmiuçando também o ferro, o barro, o cobre, a prata e o ouro. E o vento os espalhou e desapareceram totalmente, mas a pedra transformou-se em um grande monte que encheu toda a terra.
A interpretação (o que há de vir):
A cabeça de ouro – o império Babilônico representado por Nabucodonosor;
O peito e os braços de prata – um reino inferior. Um império duplo (braços), mas unido (peito) – representado pelo Império Medo-Persa (Ciro);
O ventre e as coxas de cobre – outro reino mais inferior ainda – Representado pelo Império Grego (Alexandre);
As pernas de ferro – representado pelo Império Romano, começou com uma unidade, mas depois se dividiu. Um reino forte que quebra tudo, porém mais inferior ainda (decadência);
Os pés e os dedos de ferro e barro – não mais um império mundial, mas um reino dividido, muitas nações, umas fortes e outras fracas (Primeiro mundo e Terceiro mundo). Representa o tempo que estamos vivendo. Tempo da maior decadência em todos os sentidos. Quando se completar o tempo “dedos”, virá a PEDRA, que é JESUS. Terá chegado ao fim o domínio dos gentios.
A Pedra:
– Virá do Alto – procede de Deus
– Sem mãos – providência Divina
– No tempo presente – breve virá
– Examinará (esmiuçará) e consumirá
– Não será jamais destruído
– Não passará a outro povo
– Será estabelecido para sempre
Glória a Deus, porque neste tempo do fim, tem aberto nossos olhos espirituais para vermos e entendermos os mistérios que estavam ocultos e agora se abrem para nós! Deus é o Senhor da história universal, Ele está no comando!
PUBLICADO ORIGINALMENTE EM 30/07/15, http://catedralmetodista.org.br/colunas/ha-um-deus-que-revela/

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